Afinal, com a tua imagem reflectida no espelho eu adormeço,
E com os bonitos sonhos acordada contigo eu acalmo.
Eu é que nunca capaz fui de te ver,
De te acompanhar neste Verão último, por aí, a correr.
E o sol de Inverno formou-se, após um segundo,
Envolto num par de nuvens muito escuras, num só minuto;
E por entre mares de solidão eu navego, há horas,
E por entre dunas de areia desertas eu lá vou caminhando, há
muitos dias.
Vem-me ver se puderes,
Vem-me falar se quiseres:
Perdão eu te peço mais uma vez
Para de novo, também eu, te ver rir outra vez;
As tempestades agrestes que já fizemos esmorecer,
E os jardins plantados que já fizemos aparecer!...
Por detrás dessa tua máscara de gelo um coração de fogo eu
sei que existe;
Pelo silêncio e indiferença, por favor, não te deixes ir.
E o amor é um dom, por que senão,
Para quê tão curta a vida sem tão longa ambição?
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