"Fim de ano" significa:1.º)balanço-o que não consegui alcançar e o que preciso aprender ainda?;2.º)recomeçar-qual o tamanho dos meus sonhos e quais as minhas motivações e valores? A nossa vida é feita de ciclos determinados pela intensidade da luz e do calor,posição do sol e da lua,e até hormonais.Logo,será necessário adaptarmo-nos,flexibilizar e fazer coisas diferentes–certamente com mais esforço do que em 2012,mas lembre-se:atue de uma forma mais empreendedora,fazendo por 2013 ter final feliz!
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domingo, 30 de dezembro de 2012
SE FOR POSSÍVEL
Ao te ver passar num ápice,
Já tudo à minha volta estremece:
Rasgasse o céu
E o mar enlouquece que nem um réu
E as folhas das árvores caiem forçadas,
Ao pronunciares as tuas primeiras palavras!
Continuo sentada num rochedo virada p´ro mar,
E os meus olhos fecham devagar:
Imagino-te a ti abraçado a mim,
Como eu te quero para sempre assim!...
Por ti, eu esperarei aqui, para te ouvir,
E, até não mais termos fôlego, juntos rir,
Quem sabe, um dia, ainda às gargalhadas!
Que tal corrermos os dois, o mundo, em busca de novos
caminhos e auto-estradas?
Aqui já não há espaço e a vida é excessivamente pacata,
E se passar um dia e eu não te vir simplesmente, não tem
piada!
Agora, começo a abrir os olhos
E a achar que me devo renegar à forma delicada do teu
corpo...
Onde quer que estejas
Eu te digo baixinho, antes que me vejas,
Que só quero o teu bem
E que sejas muito feliz, se possível comigo também...
AFINAL
Afinal, com a tua imagem reflectida no espelho eu adormeço,
E com os bonitos sonhos acordada contigo eu acalmo.
Eu é que nunca capaz fui de te ver,
De te acompanhar neste Verão último, por aí, a correr.
E o sol de Inverno formou-se, após um segundo,
Envolto num par de nuvens muito escuras, num só minuto;
E por entre mares de solidão eu navego, há horas,
E por entre dunas de areia desertas eu lá vou caminhando, há
muitos dias.
Vem-me ver se puderes,
Vem-me falar se quiseres:
Perdão eu te peço mais uma vez
Para de novo, também eu, te ver rir outra vez;
As tempestades agrestes que já fizemos esmorecer,
E os jardins plantados que já fizemos aparecer!...
Por detrás dessa tua máscara de gelo um coração de fogo eu
sei que existe;
Pelo silêncio e indiferença, por favor, não te deixes ir.
E o amor é um dom, por que senão,
Para quê tão curta a vida sem tão longa ambição?
UMA LIÇÃO DE VIDA
Num lugar recôndito eu nasci,
E para um labirinto me levaram, mal cresci;
Grandes rugidos fortes de leões eu enfrentei
E a grandes morcegos negros, voando que nem campeões, eu me
lancei.
Por entre ruas e vielas eu lá caminhava,
E por entre vários sinais vermelhos um sorriso eu lá, de vez
em quando, esboçava;
Mas mudar o mundo, afinal de contas, eu não consegui,
Mas também, parar o tempo, eu não me atrevi...
O vento demasiado veloz, assim ele é,
E o caminho demasiadas pedras e pedrinhas, assim o encontro,
fazendo-me doer o pé;
Por isso, eu me sento e penso um pouco:
Mas porquê tanto enredo louco?
Olho-me ao espelho e já não me vejo,
Mas a minha sombra rejuvenesce, como eu a invejo!...
NOTAS MUSICAIS
E aqui
estou eu, com a minha viola, sentada num rochedo,
Afinal de
contas, eu tenho tempo;
Debaixo
deste enorme manto azul, bordado a fio dourado,
Com a lua
a brincar comigo, do outro lado,
Como que
a querer, com os meus cinco sentidos, marcar,
O ritmo e
o compasso de uma música que eu quero recordar,
E, sem me
aperceber, adormeço na praia,
Enrolada
a um xaile que eu trazia preso à minha saia;
Aos pés
de uma espuma branca, após uma pequena onda rebentar,
Ao som
aveludado de uma brisa, a passar-me pelo rosto, devagar;
E sonho
alto, algo efémero,
Mas muito
severo...
(A noite, às vezes, é-nos bastante cruel...)
E tu já
não me queres ser fiel!
As minhas
mãos estão vazias de ti!
E, de
repente, de punhos fechados, dou por mim,
A ir ao
encontro deste enorme areal pautado de inúmeras conchas molhadas,
Desde as
últimas notas (...) cá largadas;
E aqui
estou eu, com a minha viola, sentada à beira do cais,
Assistindo,
ao nascer de um novo dia, nada mais,
Onde, já
de si, o sol decide derreter,
Em meu
pensamento, e a seu belo prazer,
As minhas
ideias e contra sensos,
De
bravios imensos;
Mas eu
ganho forças e levanto-me,
Dou um passo
e depois outro e equilibro-me,
Os meus
olhos estão virados para a frente
P/uma...clave
de sol, ou será uma...âncora (?) não sei bem o que se me apresenta;
Mas aí,
eu vou querer desenhar, de certeza, aquela bonita melodia,
Cheia de
notas musicais de mãos dadas, para logo a seguir também eu
me juntar
a ela, até acabar o dia...
Vou pegar
na minha viola e vamos todos seguir sem destino,
Que uma
longa estrada cortada ao trânsito será, para sempre, o nosso hino;
Minhas senhoras e meus senhores, eis que vos apresento o meu novo eu,
muito mais eu!
muito mais eu!
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