Translate

domingo, 30 de dezembro de 2012

A MINHA OBRA MAIS ATUAL (pintura a óleo) - 2010


AS MINHAS PRIMEIRAS "ARTES" CRIADAS EM 1992 (pinturas a óleo e trabalho em gesso)




NOVAS EXPERIÊNCIAS REALIZADAS EM 1995 (pinturas em vidro)...



ALGO EXPERENCIADO EM 1994 (pintura a óleo)



SE FOR POSSÍVEL



Ao te ver passar num ápice,
Já tudo à minha volta estremece:
Rasgasse o céu
E o mar enlouquece que nem um réu
E as folhas das árvores caiem forçadas,
Ao pronunciares as tuas primeiras palavras!
Continuo sentada num rochedo virada p´ro mar,
E os meus olhos fecham devagar:
Imagino-te a ti abraçado a mim,
Como eu te quero para sempre assim!...
Por ti, eu esperarei aqui, para te ouvir,
E, até não mais termos fôlego, juntos rir,
Quem sabe, um dia, ainda às gargalhadas!
Que tal corrermos os dois, o mundo, em busca de novos caminhos e auto-estradas?
Aqui já não há espaço e a vida é excessivamente pacata,
E se passar um dia e eu não te vir simplesmente, não tem piada!
Agora, começo a abrir os olhos
E a achar que me devo renegar à forma delicada do teu corpo...
Onde quer que estejas
Eu te digo baixinho, antes que me vejas,
Que só quero o teu bem
E que sejas muito feliz, se possível comigo também...

AFINAL



Afinal, com a tua imagem reflectida no espelho eu adormeço,
E com os bonitos sonhos acordada contigo eu acalmo.
Eu é que nunca capaz fui de te ver,
De te acompanhar neste Verão último, por aí, a correr.
E o sol de Inverno formou-se, após um segundo,
Envolto num par de nuvens muito escuras, num só minuto;
E por entre mares de solidão eu navego, há horas,
E por entre dunas de areia desertas eu lá vou caminhando, há muitos dias.
Vem-me ver se puderes,
Vem-me falar se quiseres:
Perdão eu te peço mais uma vez
Para de novo, também eu, te ver rir outra vez;
As tempestades agrestes que já fizemos esmorecer,
E os jardins plantados que já fizemos aparecer!...
Por detrás dessa tua máscara de gelo um coração de fogo eu sei que existe;
Pelo silêncio e indiferença, por favor, não te deixes ir.
E o amor é um dom, por que senão,
Para quê tão curta a vida sem tão longa ambição?

UMA LIÇÃO DE VIDA



Num lugar recôndito eu nasci,

E para um labirinto me levaram, mal cresci;

Grandes rugidos fortes de leões eu enfrentei

E a grandes morcegos negros, voando que nem campeões, eu me lancei.

Por entre ruas e vielas eu lá caminhava,

E por entre vários sinais vermelhos um sorriso eu lá, de vez em quando, esboçava;

Mas mudar o mundo, afinal de contas, eu não consegui,

Mas também, parar o tempo, eu não me atrevi...

O vento demasiado veloz, assim ele é,

E o caminho demasiadas pedras e pedrinhas, assim o encontro, fazendo-me doer o pé;

Por isso, eu me sento e penso um pouco:

Mas porquê tanto enredo louco?

Olho-me ao espelho e já não me vejo,
Mas a minha sombra rejuvenesce, como eu a invejo!...

NOTAS MUSICAIS



E aqui estou eu, com a minha viola, sentada num rochedo,

Afinal de contas, eu tenho tempo;


Debaixo deste enorme manto azul, bordado a fio dourado,

Com a lua a brincar comigo, do outro lado,

 Como que a querer, com os meus cinco sentidos, marcar,

O ritmo e o compasso de uma música que eu quero recordar,

 E, sem me aperceber, adormeço na praia,

Enrolada a um xaile que eu trazia preso à minha saia;

 Aos pés de uma espuma branca, após uma pequena onda rebentar,

Ao som aveludado de uma brisa, a passar-me pelo rosto, devagar;

 E sonho alto, algo efémero,

Mas muito severo...

 (A noite, às vezes, é-nos bastante cruel...)

E tu já não me queres ser fiel!

 As minhas mãos estão vazias de ti!

E, de repente, de punhos fechados, dou por mim,

 A ir ao encontro deste enorme areal pautado de inúmeras conchas molhadas,

Desde as últimas notas (...) cá largadas;

 E aqui estou eu, com a minha viola, sentada à beira do cais,

Assistindo, ao nascer de um novo dia, nada mais,

 Onde, já de si, o sol decide derreter,

Em meu pensamento, e a seu belo prazer,

 As minhas ideias e contra sensos,

De bravios imensos;

 Mas eu ganho forças e levanto-me,

Dou um passo e depois outro e equilibro-me,

 Os meus olhos estão virados para a frente

P/uma...clave de sol, ou será uma...âncora (?) não sei bem o que se me apresenta;

 Mas aí, eu vou querer desenhar, de certeza, aquela bonita melodia,

Cheia de notas musicais de mãos dadas, para logo a seguir também eu

me juntar a ela, até acabar o dia...

 Vou pegar na minha viola e vamos todos seguir sem destino,

Que uma longa estrada cortada ao trânsito será, para sempre, o nosso hino;
Minhas senhoras e meus senhores, eis que vos apresento o meu novo eu,
muito mais eu!