E para terminar este dia,
que já vai alto,
que se soltem alguns vocábulos meus,
mesmo que seja pela luz da sombra,
mesmo que seja por algum amor ausente mas patente:
Entraste no meu sangue,
solto, livre e devagar…
agora já não te deixo
sair,
mas também não te deixo
cair…
Amar é bom:
revitaliza a alma,
enriquece o espírito;
tudo a seu ritmo…
Sabes:
quem te viu e quem te vê agora,
com esse teu olhar irrequieto, ainda me deixa mais
inquieta…
o teu perfume amacia a minha
pele e o meu beijo acaricia a tua
testa…
Não dá mais para fugir:
caímos nos braços um do
outro,
os teus gemidos baralham-me
o pensamento…
lá vamos nós numa longa
viagem por entre montanhas e vales agrestes…
Enfim, o sol lá fora já espreita,
é um novo dia a querer começar,
sorri para a câmara:
já só me apetece correr, rir e saltar!